Meditação do Irmão Alois_Todos os Santos

Hoje fui ver se havia alguma novidade para o encontro Ibérico no Porto, na web da Comunidade de Taizé.Quando vi esta pequena meditação, do Irmão Alois, achei que seria interessante colocar aqui no nosso blog.
Espero que gostem...

Todos os Santos: «Chamo-vos amigos»



O ícone da amizade
A festa de Todos os Santos lembra-nos que estamos rodeados, e que até somos levados, por multidões de pessoas que são testemunhas de Cristo: aqueles que nos precederam, desde os apóstolos e a Virgem Maria, até aos de hoje. Podemos apoiar-nos na fé dos que vieram antes de nós. E nós somos convidados a transmitir o tesouro da confiança em Deus à geração que nos sucederá.
No Credo, dizemos: «Creio na comunhão dos santos.» Estamos nesta comunhão e, nesse sentido, o dia de Todos os Santos é a festa de todos nós.
A comunhão dos santos não reúne em primeiro lugar aqueles que fizeram grandes esforços para garantir uma vida moral sem falhas. Em Deus, esta comunhão une «os santos de todos os tempos que viveram na sua amizade» (oração eucarística). A santidade consiste em permanecer perto da fonte da amizade de Deus. Cristo diz a cada um de nós: «Já não vos chamo servos, chamo-vos amigos» (João 15,15).
Cristo não veio apenas para nos ensinar, mas para nos dizer: Deus continua muito próximo de ti, e está presente para sempre. Ainda que a nossa fé seja pequena, Deus não pára de nos dar a sua amizade e de procurar a nossa.
Um ícone do século VI exprime isso perfeitamente; em Taizé denominamo-lo «o ícone da amizade». Vem do Egipto. Eu já o via no quarto do irmão Roger quando fiz as minhas primeiras visitas a Taizé, ainda muito jovem. Mais tarde, o irmão Roger quis colocar este ícone na igreja da Reconciliação, no local onde agora se encontra. No ícone, vemos Cristo colocar o braço sobre o ombro do seu amigo para caminhar com ele. Através deste gesto, Cristo toma sobre si os fardos, tudo o que pesa sobre o seu amigo. Este amigo chama-se Menas, mas representa também cada um de nós.
Olhar o ícone da amizade já é uma oração que nos une a Deus. Este ícone faz-nos ver o que está no coração do Evangelho: se Cristo é invisível aos nossos olhos, podemos, no entanto, confiar-nos à sua presença de Ressuscitado. Desde a sua ressurreição, pelo Espírito Santo, ele vem humildemente ao nosso lado. Não se impõe, mas acompanha cada ser humano.
Deus ama cada um sem condições. Hoje, para tornar acessível a fé cristã a um maior número de pessoas, é fundamental transmitir o que está no centro do Evangelho: a grandeza de Deus revela-se como amor, como capacidade infinita de se tornar muito próximo da humanidade.
Também entre nós podemos viver esta amizade que Deus nos oferece. Cristo reúne-nos numa só comunhão, a da Igreja. Ultrapassemos então as separações que continuam a perturbar a imagem da Igreja! Se pudéssemos fazer tudo para que fosse mais evidente que a ela é um lugar de amizade para todos! O dia de Todos os Santos não será como uma celebração desta amizade?
Tenhamos a coragem de desenvolver amizades, em especial com os mais pobres. A atenção aos mais abandonados tem um valor imenso nas nossas sociedades, onde tantas pessoas se encontram isoladas, incompreendidas.
Nestes últimos anos, nos encontros internacionais de Taizé, demos aos jovens cópias do ícone da amizade. Com este ícone, realizam pequenas peregrinações de confiança até outras pessoas, de uma cidade à outra, de uma paróquia à outra, em lugares de sofrimento, num hospital ou numa casa de crianças abandonadas.
E descobrem, entre os mais vulneráveis, reflexos de uma presença. Como na parábola do Evangelho, Cristo diz-lhes: sempre que visitastes um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim que encontrastes (ver Mt 25,31-46).
O irmão Roger recordava que, em cada dia, há uma opção a tomar entre mediocridade e santidade. É a cada momento que podemos responder apelo de Deus: «Sede santos» (Lv. 19.2) Optar pela santidade não significa necessariamente «fazer» mais. A superação à qual somos chamados é a amar mais. E como o amor precisa de todo o nosso ser para se expressar, cabe-nos a nós procurar, sem esperar nem mais um minuto, formas de permanecermos atentos ao nosso próximo.
Há tanta santidade escondida, vivida silenciosamente! E quantos homens e mulheres não têm consciência disso! Mesmo sem o saberem, já fazem parte dessa grande nuvem de testemunhas que, desde Abraão e Maria, acredita que «nada é impossível a Deus» (Lc 1,37).

O jornal francês «La Croix» pediu ao irmão Alois para escrever, ao longo do ano 2008-2009, uma meditação para cada grande celebração cristã.


Fonte:http://www.taize.fr/pt_article9191.html


Beijos as meninas
Abraços aos meninos.
E que Deus e Maria estejam convosco.

Em breve eu volto, pode ser!!!!!

Aquele abraço e boas pedaladas, alexjudoka_gmr
Xau ai

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