Texto bíblico com comentários feitos pela comunidade de Taizé de Agosto:
Estas meditações bíblicas são sugeridas como meio de procura de Deus no silêncio e na oração, mesmo no dia-a-dia. Consiste em reservar uma hora durante o dia para ler em silêncio o texto bíblico sugerido, acompanhado de um breve comentário e de algumas perguntas. Em seguida constituem-se pequenos grupos de 3 a 10 pessoas, para uma breve partilha do que cada um descobriu, integrando eventualmente um tempo de oração.
Estando sentado em frente do tesouro, Jesus observava como a multidão deitava moedas. Muitos ricos deitavam muitas. Mas veio uma viúva pobre e deitou duas moedinhas, uns tostões. Chamando os discípulos, Jesus disse: «Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou no tesouro mais do que todos os outros; porque todos deitaram do que lhes sobrava, mas ela, da sua penúria, deitou tudo quanto possuía, todo o seu sustento.» (Marcos 12,41-44)
Quando éramos crianças, na igreja de uma pequena aldeia, diziam-nos muito claramente para não olharmos para o dinheiro que as pessoas davam no ofertório. Não era educado! Na nossa sociedade, e não apenas por causa de uma discrição louvável, tudo aquilo que se relaciona com o dinheiro é privado, como se fizesse parte de outro domínio da vida. Este é um bom motivo para ler atentamente esta passagem.
Neste texto, os ricos talvez tenham calculado quanto deveriam dar para causarem boa impressão, sem com isso estarem a modificar as condições materiais da sua vida. É uma boa receita para nos aborrecermos: fazer coisas, mas de maneira a não modificar muito a nossa vida! Pelo contrário, a viúva dá sem calcular, até de forma imprudente. Se somos pobres e temos apenas duas moeditas, é melhor darmos só uma. Mas ela dá as duas. Nesse dia, vida dela ficará diferente. Como S. Paulo, talvez ela «saiba passar por privações e saiba viver na abundância» (ver Filipenses 4,12) já há alguns anos. Ela tem mãos largas em relação ao dinheiro. Sentimos que possui uma segurança que é mais profunda que o dinheiro. É um gesto muito forte. Jesus nota-o imediatamente e, tal como ele costuma fazer em momentos particularmente importantes, chama os discípulos e pede-lhes para observarem. Ele quer que eles vejam algo que, na realidade, é invisível: a intenção do coração da viúva e a sua liberdade interior.
O evangelista sublinha a mudança de perspectiva que ocorre, ao mostrar como a contribuição da viúva é julgada aos olhos do mundo e, depois, como Jesus a vê. O que parece praticamente nada, humanamente falando («… uns tostões»), é na realidade fazer «mais do que todos os outros». No evangelho, é bastante claro que Deus tem uma grande estima por pessoas que não produzem aparentemente nada e que não conseguiram nada de visível. Sem entrar nesta maneira evangélica de ver, é impossível encontrar a verdadeira vida.
Quais são estas pessoas em que não reparamos de imediato, mas acerca das quais descobrimos mais tarde que são amadas por Deus?
Na minha situação, que partilha de dinheiro e de recursos se torna possível com esta mudança de olhar?
Num mundo que se tornou muito mais complicado no que se refere ao dinheiro, como encontrar a liberdade que observamos nesta mulher?
A viúva dá tudo. O que significa para mim dar tudo?
Fonte:http://www.taize.fr/pt_article175.html
Beijos as meninas
Abraços aos meninos.
E que Deus e Maria estejam convosco.
Em breve eu volto, pode ser!!!!!
Aquele abraço e boas pedaladas, alexjudoka_gmr
Xau ai. Eu volto
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