Sessão da Meia-Noite


Where the Wild Things Are, de Maurice Sendak

Aos 10 anos somos coisas selvagens. Vivemos obcecados em procurar esconderijos, vingarmo-nos dos nossos irmãos por entre gritos de culpas, trancarmo-nos no nosso quarto e estamos convencidos que uma boa luta resolve todos os nossos problemas. Spike Jonze recorda-se bem desse estado e por isso decidiu realizar "O Sítio das Coisas Selvagens", numa colaboração com Maurice Sendak, autor deste clássico infantil. O medo de muitos, de que este filme traísse uma das histórias mais amadas de sempre foi em vão. Jonze conta-nos uma história mais profunda, que o próprio livro. O argumento aparentemente simples, a viagem de um miúdo zangado (Max) a um mundo imaginário, recheado de monstros perdidos, que procuram o seu rei, adensa à medida que o filme se vai desenvolvendo. Entre jogos e discussões
Max enfrenta dramas quotidianos, resolvidos sempre pelos afectos e um bom grito monstruoso. A empatia com Max é consumada, quando após alguns minutos do início do filme regressamos à nossa infância.


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